Tarô de Marselha

História do Tarot na França

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Tarô de Marselha

O tarô de Marselha tem uma rica história e presença na França, com influências de diversos escritores e variações regionais ao longo dos séculos.

A história e origem do tarô na França são envoltas em mistério e especulação, com várias teorias propostas pelos estudiosos.

Acredita-se que o tarô tenha chegado à França no final do século XV, provavelmente vindo da Itália, onde o tarô visconti-sforza foi amplamente produzido pela nobreza.

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Não há consenso claro sobre a origem exata do tarô na França, nem sobre os principais escritores ou influenciadores do período.

A falta de registros históricos e evidências concretas dificultam a identificação de figuras específicas associadas à origem e evolução do tarô na França.

Embora diversos autores ligados ao ocultismo formem uma base para o estudo da história do tarô na França, as origens históricas, como o tarô chegou e se desenvolveu no início carecem de registros.

A maioria dos primeiros baralhos de tarô franceses foram produzidos anonimamente, tornando ainda mais difícil rastrear sua origem.

Mas fato é que, foi a partir dessa produção de baralhos de tarô na França que ocorreu importante influência na disseminação do tarô em outras partes da Europa.

O Tarot na França

A França do século XVIII era uma sociedade rica em cultura e arte, com uma forte tradição de jogos de cartas.

O uso de cartas para jogos de azar era popular na época, e é possível que a disseminação dos baralhos de tarô tenham se originado como uma variação dos baralhos de cartas comuns usados para jogos naquele período.

Ou seja, inicialmente,o tarô como um sistema de cartas de jogo ganhou popularidade na França apenas como um passatempo da aristocracia.

As cartas de tarô francesas geralmente apresentavam ilustrações diferentes dos baralhos de tarô italianos, tendo sido usadas principalmente para jogos de cartas e entretenimento, ao invés de práticas divinatórias.

A popularização do tarô na França ao longo dos séculos também é evidenciada por diversos baralhos de tarô franceses que foram produzidos com diferentes estilos artísticos e características regionais.

Alguns exemplos notáveis incluem o Tarô de Marselha, que é uma das versões mais conhecidas e populares do tarô na França.

Ele é caracterizado por sua iconografia clássica, com ilustrações simples e de estilo medieval, ausência de cenas ilustradas nas cartas de Arcanos Menores e o uso de cores vivas e contrastantes.

Acredita-se que o Tarô de Marselha tenha se originado no sul da França, na cidade de Marselha, no século XVII ou XVIII. Ele foi amplamente utilizado para fins de adivinhação e também para jogos de cartas na França e em outras partes da Europa.

Além dele, há variações regionais do tarô na França, como o Tarô de Besançon.

O Tarô de Besançon é uma variação do tarô que foi produzida na cidade de Besançon, na França.

Tarô de Besançon

Ele é conhecido por sua iconografia distinta, ricamente ilustrado com inúmeros detalhes e de estilo renascentista.

O Tarô de Besançon foi produzido durante o século XVIII e foi amplamente utilizado para jogos de cartas na França e em outras partes da Europa.

Apesar da falta de registros históricos significativos que impedem o rastreio exato da origem do tarô em território francês, existem algumas referências literárias que mencionam o uso do tarô na França ao longo dos séculos.

Por exemplo, o poeta francês François Rabelais menciona o tarô em sua obra “Gargântua e Pantagruel”, escrita no século XVI.

Além disso, alguns autores do século XVIII, como Jean-Baptiste Alliette, também conhecido como Etteilla, e Antoine Court de Gébelin, escreveram sobre o tarô, porém, a partir de uma interpretação esotérica.

Tarot e Jean-Baptiste Alliette

Alguns estudiosos apontam para a influência de cartomantes franceses famosos, como Jean-Baptiste Alliette (conhecido como Etteilla), que foi um dos primeiros a escrever sobre a interpretação alegórica das cartas de tarô.

As obras de Etteilla e outros cartomantes franceses contribuíram para a popularização do tarô como um meio de adivinhação e interpretação simbólica.

Jean-Baptiste Alliette, também conhecido como Etteilla, foi um influente escritor francês e ocultista do século XVIII que escreveu extensamente sobre o tarô.

Ele foi um dos primeiros autores a publicar livros sobre a interpretação esotérica do tarô na França.

Desenvolveu seu próprio sistema de leitura do tarô, que ficou conhecido como “Etteilla Tarot” ou “Tarô Etteilla”.

Seus escritos tiveram uma influência significativa na popularização do tarô como uma ferramenta de adivinhação na França e em outras partes da Europa.

Jean-Baptiste Alliette, por influência de Court de Gébeli, acreditava que o tarô tinha origens egípcias e que continha segredos esotéricos e conhecimentos ocultos.

Ele é conhecido por ter escrito um livro chamado “Etteilla ou Manière de se récréer avec un jeu de cartes” (Etteilla ou Método de se Divertir com um Jogo de Cartas), que foi publicado pela primeira vez em 1770.

Esse livro é considerado uma das primeiras obras sobre tarô na França e apresentou as ideias de Alliette sobre a interpretação do tarô como um livro de sabedoria antiga, com raízes egípcias.

Jean-Baptiste Alliette, teve uma relação próxima com a corte francesa durante o reinado de Luís XVI. Alliette era conhecido por oferecer serviços de leitura de cartas do tarô para a nobreza e a alta sociedade em Paris, incluindo membros da corte real. Ele ganhou reputação como um experiente cartomante e foi patronizado por clientes influentes, incluindo a rainha Maria Antonieta.

Mas foi durante a Revolução Francesa, Alliette enfrentou desafios.

A Revolução Francesa foi um período de mudanças sociais, políticas e econômicas drásticas na França, que resultou na queda da monarquia e na ascensão do movimento republicano e assassinato em massa.

Como cartomante e figura associada à corte real, Alliette foi visto como representante do antigo regime e sua prática de leitura de cartas foi considerada suspeita e associada à superstição e à aristocracia.

Ele enfrentou perseguição e sua atividade foi restringida durante a Revolução Francesa, como muitos outros praticantes de práticas esotéricas e adivinhatórias.

Apesar desses desafios, Alliette continuou a praticar sua arte e escrever sobre o tarô e outros temas esotéricos mesmo após a Revolução Francesa.

Ficou conhecido por ter publicado várias obras sobre o tarô, incluindo o “Livro de Thoth” (que não está associado ao livro do Crowley ), que foi um dos primeiros tratados escritos sobre o tarô na França.

Alliette também desenvolveu seu próprio baralho de tarô, conhecido como o “Tarô de Etteilla”, que foi uma das primeiras tentativas de reinterpretar e modificar os tradicionais arcanos do tarô de Marselha.

O “Grand Etteilla” ou “Tarot Égyptien” é um conjunto de cartas de tarô que apresenta uma série de inovações em relação ao tarô tradicional.

O “Grand Etteilla” é composto por 78 cartas, sendo 22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores, cada um com seu próprio nome e ilustrações peculiares.

Etteilla fez mudanças significativas nos nomes e nas ilustrações das cartas em comparação com o tarô tradicional, buscando associá-las a antigas tradições egípcias.

No entanto, não há evidências concretas de que o tarô tenha de fato origem no Egito, e muitos estudiosos acreditam que a conexão de Etteilla com o Egito era mais simbólica ou comercial do que histórica.

As ilustrações das cartas do “Grand Etteilla” ou “Tarot Égyptien” são diferentes das imagens tradicionais do tarô, com mudanças nos nomes e nas representações visuais das cartas. As cartas são impressas em preto e branco e apresentam imagens simples e estilizadas, com inscrições em francês.

Etteilla reivindicou que suas alterações no tarô eram baseadas em seu próprio sistema de correspondências simbólicas e em sua compreensão pessoal das tradições esotéricas.

Com isso, desenvolveu um sistema de leitura específico para o “Grand Etteilla”, que incluía associações numerológicas e astrológicas para cada carta, bem como interpretações específicas para diferentes posições das cartas em uma leitura.

O tarô foi publicado em formato de livro, com uma edição em língua francesa. O título completo da obra é “Manière de se récréer avec le jeu de cartes nommées tarots, et de tirer les cartes pour la divination” (“Modo de se recrear com o jogo de cartas chamado tarô, e de jogar cartas para adivinhação”). O livro apresenta 32 páginas e contém as interpretações das cartas do tarô, bem como métodos de leitura e práticas divinatórias propostas por Etteilla.

O “Grand Etteilla” foi publicado pela primeira vez em 1788, e sua obra teve uma influência duradoura no campo do tarô. Suas interpretações das cartas e seu sistema de leitura foram amplamente adotados e continuam sendo usados até hoje por praticantes de tarô.

O “Grand Etteilla” é considerado um marco na história do tarô esotérico, e sua abordagem única e inovadora para as cartas de tarô tem sido objeto de estudo e interesse por parte de muitos entusiastas e estudiosos do tarô ao longo dos anos.

As interpretações esotéricas de Etteilla foram controversas e foram criticadas por alguns estudiosos, mas sua influência na disseminação do tarô como uma prática divinatória e sua contribuição para a iconografia e interpretação das cartas do tarô são indiscutíveis.

Seu trabalho teve um impacto duradouro na história do tarô e suas interpretações ainda são estudadas e usadas por muitos praticantes de tarô até hoje.

Etteilla faleceu em 10 de dezembro de 1791, em Paris, França, deixando um legado significativo na história do tarô e práticas divinatórias.

Tarot e Court de Gébelin

Outro autor importante foi Antoine Court de Gébelin, que apresentou a teoria do tarô como um antigo livro de sabedoria egípcio em sua obra “Le Monde Primitif” de 1781. Embora essa teoria seja contestada por estudiosos modernos, influenciou a popularização do tarô como ferramenta esotérica na França e na Europa.

Antoine Court de Gébelin foi um clérigo, escritor, maçom e ocultista francês do século XVIII, conhecido por seu trabalho no campo do esoterismo e sua associação com o tarô. Ele nasceu em Nîmes, França, em 25 de janeiro de 1725, e faleceu em Paris, França, em 1784.

Court de Gébelin foi educado para se tornar um clérigo e estudou teologia na Universidade de Avignon.

Porém, sua paixão pela pesquisa e estudo de diversas disciplinas, incluindo a história, a linguística, a filosofia e a mitologia, o levaram a se interessar pelo ocultismo e pela maçonaria.

Court de Gébelin se tornou um membro ativo da maçonaria francesa e foi uma figura proeminente na cena esotérica de seu tempo.

Ele foi membro de várias lojas maçônicas e escreveu extensivamente sobre temas maçônicos e esotéricos.

Em 1773, Court de Gébelin publicou sua obra mais conhecida e influente, intitulada “Le Monde Primitif, Analysé et Comparé avec le Monde Moderne” (O Mundo Primitivo, Analisado e Comparado com o Mundo Moderno), em nove volumes.

Nessa obra monumental, Court de Gébelin apresentou uma teoria sobre a origem egípcia do tarô, argumentando que as cartas de tarô eram vestígios de um antigo livro sagrado egípcio que continha ensinamentos esotéricos e filosóficos.

Ele acreditava que o tarô continha conhecimentos secretos transmitidos pelos antigos sacerdotes egípcios e que as cartas eram uma forma de linguagem simbólica que continha profundos ensinamentos filosóficos e espirituais.

Apesar de suas contribuições notáveis, as teorias de Court de Gébelin sobre o tarô e sua origem egípcia foram objeto de críticas e controvérsias.

Muitos estudiosos posteriores questionaram suas conclusões e argumentaram que não havia evidências concretas para apoiar suas especulações. Apesar disso, seu trabalho continua a ser estudado e discutido pelos entusiastas do tarô e pelos praticantes do esoterismo até hoje.

E tendo ou não consistência , é importante lembrar Court de Gébelin foi um dos primeiros estudiosos a atribuir significados esotéricos e alegóricos às cartas de tarô, associando-as a temas mitológicos, astrológicos e cabalísticos. Ele foi pioneiro na interpretação esotérica do tarô e em sua utilização como uma ferramenta de adivinhação e autoconhecimento.

Além de sua obra sobre o tarô, Court de Gébelin também escreveu extensivamente sobre outros temas esotéricos, como a maçonaria, a mitologia, a simbologia e a linguística.

Court de Gébelin fez principalmente contribuições significativas para a linguística, especialmente no campo da etimologia.

Ele foi um dos primeiros estudiosos a propor a ideia de que a língua era uma expressão simbólica das crenças e ideias de uma sociedade, e suas teorias sobre a origem das palavras e sua relação com o simbolismo e a mitologia foram inovadoras em sua época.

Ele foi um estudioso polivalente e um pensador original, cujas obras influenciaram muitos outros escritores e ocultistas em seu tempo e ao longo dos séculos posteriores.

Tarot e Esoterismo

O legado de Antoine Court de Gébelin e de Jean-Baptiste Alliette são uma parte importante da história do tarô na França e do esoterismo em geral.

Isso pode ser observado através da influência que exerceram em outros escritores e ocultistas ao longo dos anos.

Algumas das figuras proeminentes que foram influenciadas por suas ideias e obras, alguns que inclusive conviveram com eles incluem:

Louis-Raphael-Lucien Delaage: Também conhecido como Delaage d’Asté, foi um ocultista e escritor francês conhecido por suas obras sobre o ocultismo e a adivinhação, incluindo o tarô.

Eteilla le Jeune: Era um discípulo de Etteilla e seguiu sua abordagem esotérica e suas interpretações do tarô. Ele escreveu obras sobre o tarô e continuou a desenvolver o sistema de leitura de tarô de Etteilla.

Antoine Fabre d’Olivet: Foi um escritor e estudioso francês conhecido por suas obras sobre a linguagem hebraica e suas implicações esotéricas, incluindo uma interpretação mística do tarô.

Nicolas Conver: Foi um gravurista francês do século XVIII que produziu uma das primeiras versões conhecidas do tarô de Marselha, que se tornou uma das bases para muitos baralhos de tarô posteriores, incluindo os usados por Etteilla.

Eliphas Lévi: Este famoso ocultista francês do século XIX foi profundamente influenciado pelas teorias de Court de Gébelin sobre o tarô. Lévi incorporou muitos dos conceitos simbólicos e esotéricos de Court de Gébelin em suas próprias obras, como “Dogma e Ritual da Alta Magia” e “A Chave dos Grandes Mistérios”, que são considerados textos fundamentais no campo do ocultismo.

Paul Christian: Outro ocultista francês do século XIX, Paul Christian, também foi influenciado pelas ideias de Court de Gébelin. Em seu livro “História da Magia”, Christian explorou a conexão entre o tarô e a sabedoria esotérica, e utilizou muitas das teorias de Court de Gébelin como base para suas próprias interpretações e insights sobre o tarô e o esoterismo.

Papus: Gérard Encausse, mais conhecido como Papus, foi um ocultista francês do final do século XIX e início do século XX que também foi influenciado pelas ideias de Court de Gébelin. Em suas obras, como “Tarot dos Boêmios” e “A Ciência dos Números”, Papus incorporou muitos dos conceitos de Court de Gébelin sobre o tarô, a simbologia e a numerologia, e ampliou ainda mais o legado do pensamento esotérico relacionado ao tarô.

Waite e Smith: Arthur Edward Waite e Pamela Colman Smith são os criadores do famoso baralho de tarô Rider-Waite-Smith, que é um dos baralhos de tarô mais populares e amplamente usados até hoje. Waite, um ocultista britânico do século XIX e início do século XX, foi influenciado pelas ideias de Court de Gébelin em relação ao tarô e incorporou muitos dos conceitos esotéricos de Court de Gébelin em sua interpretação do baralho Rider-Waite-Smith, enquanto Smith foi a ilustradora responsável pelas icônicas imagens das cartas.

Esses são apenas alguns exemplos de escritores e ocultistas que foram influenciados pelas ideias de Court de Gébelin e Jean-Baptiste Alliette em relação ao tarô.

Gébelin e Alliette, o tarot, teorias, possibilidades e equívocos

As teorias de Gébelin e Alliette sobre a origem e os significados simbólicos das cartas de tarô foram e continuam a ser estudadas e discutidas pelos praticantes do esoterismo nos dias atuais.

Muitas das afirmações e conclusões desses autores acabaram por se tornar profundamente questionadas, em especial, a teoria da origem egípcia da cartas do tarô.

Um dos estudiosos e pesquisadores que com seus estudos, colocou em xeque parte significativa dessas teorias sobre a origem egípicia do tarô foi Jean-François Champollion

Jean-François Champollion (1790-1832) foi um estudioso francês reconhecido por ser o decifrador da escrita hieroglífica egípcia.

Desde jovem, ele demonstrou interesse pela escrita egípcia e estudou diversas línguas antigas, tais como grego, latim, hebraico, árabe e copta.

Aos 16 anos de idade, Champollion iniciou seus estudos sobre hieróglifos e dedicou grande parte de sua vida para decifrar essa linguagem antiga.

Utilizou diversas pistas para decifrar os hieróglifos, incluindo a Pedra de Roseta, que continha inscrições em três idiomas diferentes: grego, hieróglifos egípcios e demótico.

Graças às suas descobertas, Champollion decifrou completamente a escrita hieroglífica egípcia, permitindo um novo entendimento da cultura e história antiga do Egito.

Seu trabalho foi fundamental para a compreensão da civilização egípcia antiga e é amplamente reconhecido como um dos maiores avanços da história da linguística e da egiptologia.

De todo modo, as contribuições de Gébelin e Alliett para o campo do tarô e do esoterismo são consideradas uma parte importante da história dessas áreas de conhecimento, principalmente no que concerne a divulgação e popularização do tarô.

Para finalizar este artigo, deixo uma modesta lista de livros que fazem parte do repertório de estudos básicos de qualquer tarólogo que deseja verdadeiramente conhecer e trabalhar com o tarô:

Court de Gébelin – “Le Monde Primitif, Analysé et Comparé avec le Monde Moderne” (1781)
Nicolas Conver – “Cartes de Tarots” (1760)
Eteilla le Jeune – “Manière de se Récréer avec le Jeu de Cartes appelées Tarots” (1791)
Louis-Raphael-Lucien Delaage – “La Clef du Tarot” (1862)
Paul Christian – “L’Homme Rouge des Tuileries: Mystères de la Franc-Maçonnerie dévoilés” (1851)
Oswald Wirth – “Le Tarot des Imagiers du Moyen Age” (1889)
Papus (Gérard Encausse) – “Le Tarot des Bohémiens” (1889)
Stanislas de Guaita – “Le Serpent de la Genèse” (1891)

Por Mântica Rhom

Neste universo do tarô, desde 1988... Que Santa Sara Ilumine sempre seus caminhos!!!

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