História moderna do Tarot
Se você parar um instante e imaginar as cartas do tarot, o que vem em sua mente?
Talvez o Mago, em suas vestes rubras, erguendo altivo o braço direito.
Ou um esqueleto sobre um cavalo, representando a implacável Morte.
Quiçá o Eremita, envolto em seu manto cinza, empunhando uma lanterna e caminhando com um cajado, como na arte da contra-capa do álbum Led Zeppelin IV.
Bem, tais imagens, curiosamente, não derivam de nenhum antigo manuscrito, mas de um baralho específico e relativamente recente na vasta história deste entretenimento que teve origem no período medieval: o Tarot Rider-Waite-Smith.
A familiaridade que muitas pessoas possuem hoje com essas figuras do tarot deve-se, em grande parte, a um visionário empresário americano, Stuart R. Kaplan, fundador e presidente da U.S. Games Systems Inc., que desde 1970 produz e comercializa o baralho Rider-Waite.
Entretanto, não é apenas Kaplan que devemos à popularidade deste modelo de tarot.
Devemos em primeiro lugar a artista Pamela Colman Smith, com seu talento ímpar, pois foi ela a responsável pelos 78 desenhos originais que compõem o baralho.
E ao célebre ocultista, Arthur Edward Waite, a quem devemos a idealização deste tarot.
Tarot Rider-Waite-Smith – Origens
O baralho de tarot mais famoso e popular do mundo, o primeiro a ser impresso em inglês, é fruto do pensamento intuitivo deste estudioso ocultista nascido na América, radicado em Londres no final do século XIX, de uma artista britânica que estudou arte em Nova Iorque e viveu na Jamaica e de um empresário cujo primeiro livro versava sobre técnicas de mineração de carvão e que, casualmente, se deparou com um baralho de tarot em uma feira de brinquedos no final dos anos 1960.
Estas três figuras são, essencialmente, as principais razões pelas quais conhecemos algo sobre o tarot e que o tornou tão popular dos anos 70 em diante no ocidente.
Como começa a história do tarot?
O tarot possui uma história longa e outra curta.
A longa inicia-se na Europa do século XV (talvez um pouco antes) e estende-se por quatro séculos, onde um baralho de 78 cartas — divididas em quatro naipes (Paus, Copas, Espadas, Pentáculos), com dez cartas numeradas do Ás ao dez e quatro cartas de figuras adicionais (Rei, Rainha, Cavaleiro e Valete), além de 21 cartas de trunfo conhecidas como os Arcanos Maiores e o Louco — formava o tradicional baralho de tarot.
Durante esse extenso período, as cartas de tarot foram amplamente utilizadas em jogos populares de trunfo, como o Tarot Francês (que ainda é amplamente jogado em campeonatos todos os anos na França) e o tarochini italiano.
Já a história mais curta, por outro lado, reside em como o tarot foi gradualmente deixando de ser um jogo lúdico e divertido e passou a ser utilizado na esfera dos estudos ocultistas e na adivinhação.
Foi em 1781, que Antoine Court de Gébelin, um maçom francês e pastor protestante, publicou um livro intitulado “Le Monde Primitif”, traçando os misticismos do mundo antigo e seus vestígios no moderno.
Entre eles, ele incluiu o famoso baralho de cartas francês, o Tarot de Marselha, que ele conectou às divindades egípcias Ísis e Thoth.
Embora suas conjecturas sobre o assunto não fossem baseadas em evidências concretas, a associação do tarot com o misticismo estava firmemente estabelecida a partir deste momento.
Outros escritores e ocultistas franceses seguiram seu exemplo, redigindo tratados e livros sobre as inclinações ocultas e as possibilidades oferecidas pelas cartas, mas as leituras de tarot não eram ainda amplamente conhecidas.
Tarot sob um novo paradigma…
No entanto, a partir do século XIX, na Inglaterra, um interesse quase maníaco pelo ocultismo surgiu a partir de sua popularização das ordens ocultas.
Todo o conhecimento que pelos séculos anteriores ficaram restritos às ordens e fraternidades ocultas, juntamente com os incipientes estudos relacionados à psicologia da mente humana, e ainda, do mesmerismo, espiritismo, teosofia, etc, subitamente, abriu-se para pessoas de todas as classes sociais que tornaram-se fascinadas pelo contato com o mundo espiritual, desejosas de descobrir o futuro ou comunicar-se com os mortos.
Hermetic Order of the Golden Dawn
A Ordem Hermética da Aurora Dourada, dedicada ao estudo do ocultismo, foi uma das primeiras organizações onde o ocultismo passou a ser não tão oculto, ganhando popularidade.
Fundada com seu primeiro templo em Londres em 1888, o Templo Ísis-Urania, foi estabelecido por três maçons que também eram membros da Sociedade Rosacruz da Inglaterra, uma ordem cristã esotérica.
Membros iniciais da Aurora Dourada incluíam personalidades que tornariam-se muito famosas, como o poeta William Butler Yeats, Aleister Crowley, Arthur Edward Waite, MacGregor Mathers, além de Dion Fortune, Dr. R. W. Felkin, Arthur Machen, Paul Foster Case, Dr. Israel Regardie, entre outros que em algum momento também fizeram parte da ordem.
Porém, problemas também houveram e não tardou para que vários templos dissidentes se formassem devido à disputas internas, em grande parte envolvendo Mathers por seu temperamento autoritário e, posteriormente, Crowley, que apesar do profundo conhecimento que possuía do ocultismo, ficou mais conhecido por sua experimentação com drogas, seu estilo de vida libertino e em alguma medida, inconsequente.
Uma das ordens reformadas incluía aqueles que se tornariam os criadores do tarot moderno: Arthur Edward Waite e Pamela Colman Smith.
Tarot Rider-Waite-Smith
Arthur Edward Waite nasceu no Brooklyn, Nova Iorque, em 1857, filho de um pai americano e uma mãe britânica. Seu pai faleceu antes dele completar dois anos, deixando sua mãe viúva. Ela retornou com a família para a Inglaterra, onde Arthur viveu o resto de sua vida.
Não se sabe ao certo, mas ele aparentemente se interessou pelo ocultismo quando sua irmã morreu ainda jovem em 1874
Em virtude desse interesse, se juntou à Ordem da Aurora Dourada, tornando-se posteriormente um maçom e depois um rosacruz.
Dentro do ocultismo, os interesses de Waite eram variados e abrangentes. Ele escreveu diversos livros, incluindo temáticas como a Cabala, o misticismo, a magia cerimonial e o Santo Graal, entre outros, começando no final da década de 1880.
Seu trabalho foi muito bem recebido em círculos místicos e acadêmicos, o que fez com que ele logo se tornasse uma das autoridades mais conhecidas nos círculos ocultistas e esotéricos.
Origens do Rider Waite Tarot
Em 1908, o Museu Britânico adquiriu fotografias em preto e branco de um baralho completo de cartas de tarot, agora conhecido como baralho Sola-Busca.
Datado de cerca de 1490, este baralho era extremamente especial e Arthur Edward Waite sabia disso quando foi ver as fotografias na exposição do museu, logo após sua chegada.
Primeiramente, é o baralho de tarot completo mais antigo de que se têm conhecimento.
Além disso, o Baralho Sola-Busca é o primeiro baralho a ilustrar todas as cartas numeradas, ou seja, ao invés de nos arcanos menores apresentarem apenas os elementos correspondentes aos naipes (como acontece nas cartas de tarot tradicionais), o baralho Sola-Busca contém ilustrações em todas as cartas.
O baralho Sola-Busca certamente foi uma inspiração para Pamela Colman Smith, a artista escolhida por Waite para desenhar seu tarot, e, de fato, várias das cartas em ambos os baralhos são praticamente idênticas em design.
Pamela Colman Smith
A história de Smith começa em Londres, onde nasceu de pai americano e mãe jamaicana.
Ela viajou entre a Jamaica, Londres e Nova Iorque na infância e estudou arte no Instituto Pratt, de Nova Iorque, sob a tutela de Arthur Wesley Dowell, embora não tenha obtido um diploma.
Estabeleceu-se como ilustradora comercial em Londres, criando a arte para uma publicação de poesia de William Butler Yeats, além de trabalhar para várias revistas.
Também realizou um trabalho muito importante: ilustrou o último trabalho publicado de Bram Stoker, “O Covil do Verme Branco”, em 1911.
A arte de Smith era colorida e única e em 1907, Alfred Stieglitz, o fotógrafo (e futuro marido de Georgia O’Keeffe), deu a Smith sua própria exposição na Galeria Photo-Secession, em sua primeira mostra não fotográfica.
Tal como Waite, os interesses de Smith eram variados.
Ela publicou seus próprios livros sobre folclore jamaicano, além de sua própria revista, “The Green Sheaf” entre os anos de 1903 e 1904 e que contou com apenas 13 edições.
A revista reuniu artistas e escritores do Lyceum Theater, da Ordem Esotérica da Aurora Dourada e da Irish Revival Society que contribuíam com poemas e histórias que eram primorosamente ilustradas, traços característicos da artista que seriam vistos também nas cartas do tarot.
Smith era conhecida em sua época por possuir uma “segunda visão”, pintando quadros baseados em visões que ela via enquanto ouvia música.
Fora apresentada à Ordem Hermética da Aurora Dourada por Yeats, Ordem a qual se juntou em 1901, porém se afastou no mesmo período em que Waite também se desligou, o qual resolveu formar a sua própria ordem ocultista (The Fellowship of the Rosy Cross).
E foi através desse encontro que Waite encomendou a Smith a concepção de 78 desenhos originais para o novo baralho de tarot, o primeiro em inglês e que após a exposição Museu Britânico ele desejou criar.
Ao contrário dos baralhos anteriores, o tarot de Waite seria principalmente para adivinhação, e as imagens seriam intencionalmente carregadas de significado.
Em seis meses, Smith completou o trabalho, aparentemente, seguindo instruções escritas por Waite para os Arcanos Maiores, deixando os menores por conta da imaginação e criatividade da ilustradora.
O baralho Rider-Waite, como veio a ser conhecido, foi publicado pela primeira vez, em 1909, pela Rider Company na Inglaterra.
No ano seguinte, Waite publicou um pequeno guia para a consulta das cartas do tarot para a editora Rider e em 1911, lançou seu livro completo sobre o assunto, ‘The Pictorial Key to the Tarot’.
Os desenhos de Smith, sob a orientação de Waite — que propôs uma maneira ponderada para que pessoas comuns pudessem ler as cartas décadas antes da popularização dos tarólogos profissionais — são vibrantes e intuitivos.
Embora o objetivo de Waite fosse produzir um baralho bonito e artístico, o que ocorreu na verdade é que o propósito inicial foi superado, pois os dois acabaram por criar um baralho que excedeu essas expectativas indo por caminhos inimagináveis.
Tornou-se um ícone cultural que adentrou ao mercado comercial iniciado com a febre new age dos anos 60/70, originando referências artísticas a partir destas cartas nas artes plásticas, música, quadrinhos e mesmo no mainstream mais popular, como em camisetas, canecas, chaveiros, etc, até os dias de hoje.
Cada um dos desenhos de Smith retrata suficientemente as palavras-chaves que Waite sugeriu para o desenvolvimento do trabalho, ou seja, os significados adivinhatórios das cartas, de uma maneira que um completo novato é capaz de adivinhar seus significados com um mero olhar na imagem em si.
Tome o Nove de Espadas, por exemplo:
A imagem, com um fundo preto austero, nove espadas paralelas atrás de uma figura sentada na cama, com a cabeça nas mãos.
A imagem é desoladora: algo desperta essa pessoa (e muitas das figuras de Smith são andróginas) no meio da noite. Será preocupação ou medo, ou ambos?
Olhamos para a carta e podemos nos identificar: quem de nós nunca passou por noites insones de reflexão, seja sobre o questões relacionadas ao passado que já não podem ser mudadas ou preocupações com o presente, com o futuro?
Qualquer um é capaz de ver isso na carta sem nunca ter lido os textos de Waite.
Mas aqui está o texto dele: “Significados adivinhatórios: Morte, falha, aborto, atraso, decepção, desilusão, desespero. Reverso (quando a carta aparece invertida numa leitura): Prisão, suspeita, dúvida, medo razoável, vergonha.”
Um completo novato no tarot, se solicitado a descrever as emoções que a carta gera, pode não chegar exatamente a essas palavras, mas o significado é certamente aparente e óbvio.
E assim é com cada uma das cartas, mesmo aquelas que descrevem pensamentos e sentimentos mais abstratos.
Foi essa fusão de mentes de Waite e Smith que produziu o baralho de cartas de tarot que a maioria das pessoas no ocidente reconhecem como “o tarot”.
Quando Arthur Waite faleceu em 1942, seu obituário, publicado no Brooklyn Daily Eagle, mencionou-o como “autor de muitos livros sobre fenômenos ocultos”.
Mas não houve nenhuma menção ao seu baralho de tarot.
Quando Pamela Colman Smith morreu 16 anos depois, sequer um obituário foi escrito ou se o foi, não há registros.
As cartas de tarot tão primorosamente criadas por essa dupla, até então não haviam ficado populares, contudo, não desapareceram completamente, apenas não floresceram.
Mas ainda falta um personagem na história do sucesso comercial do Rider deck….
Eis que surge Stuart R. Kaplan, formado pela Wharton School of Business em 1955.
Kaplan trabalhava na cidade de Nova Iorque no final dos anos 1960, gerenciando minas na Virgínia Ocidental e na Pensilvânia, quando foi à Alemanha em uma viagem de negócios em 1968, e, por curiosidade, no tempo livre, visitou a Feira de Brinquedos de Nuremberg.
Kaplan não era completamente desconhecido no mundo dos jogos: havia criado seu próprio jogo de tabuleiro ‘Student Survival’, editado pela Gamemasters Inc. nos EUA, o qual obteve um moderado sucesso.
Por seu já anterior interesse no mundo dos jogos, com a intenção de conhecer as novidades em sua visita à Feira de Brinquedos de Nuremberg, Kaplan, ao deparar-se com o estande da editora suíça AG Müller & Cie, acabou por encontrar um baralho de cartas peculiar e ficou encantado.
Ele não sabia nada sobre tarot naquela época, mas fechou um acordo para importar alguns milhares dos baralhos — conhecidos como Tarot 1JJ Swiss — para vender nos Estados Unidos.
Ele mirou grandes livrarias como Brentano’s e foi tão bem-sucedido nas vendas e percebendo que tratava-se de um nicho comercial promissor, logo começou a procurar outros baralhos de tarot para importar.
Nesse ínterim, tornou-se um grande pesquisador e escreveu o primeiro de seus muitos livros sobre tarot: ‘Tarot Cards for Fun and Fortune Telling: Illustrated Guide to the Spreading and Interpretation of the Popular 78-Card Tarot IJJ Deck of Muller & CIE, Switzerland by Stuart R. Kaplan’, publicado em 1970.
Em 1971, começou a vender um baralho de tarot no estilo de Marselha e escreveu um segundo livro, mais detalhado, “Tarot Clássico” (este publicado no Brasil pela editora pensamento, porém esgotado há muitos anos).
Este livro explora a história do tarot onde, pela primeira vez, Kaplan escreveu sobre Arthur Edward Waite.
Logo depois, Kaplan negociou com a empresa britânica que detinha os direitos do baralho Rider-Waite, que, segundo ele, não estava vendendo os baralhos na época.
Kaplan não se contentou em apenas importar as cartas. Negociou com a William Rider & Son, editora original do deck e com a anuência da única herdeira sobrevivente de Waite, sua filha Sybil, Kaplan obteve os direitos de publicá-las nos Estados Unidos.
O tarot Rider-Waite, assim como o tarot em geral, nunca foram amplamente divulgados.
Mas Kaplan, por vários anos, vendeu silenciosamente centenas de milhares de baralhos de tarot a partir dos escritórios de sua empresa, U.S. Games Systems, Inc., em Stamford, Connecticut.
Games Systems, Inc. e a popularização do tarot
A Games Systems, Inc. fez história ao ser a primeira empresa a publicar baralhos de tarot nos Estados Unidos.
Liderada por Stuart, a empresa escolheu a carta “The Fool” do icônico baralho Rider-Waite Tarot como seu logotipo.
Esta escolha não foi por acaso, pois essa carta simboliza a disposição de dar um salto de fé e seguir um caminho inexplorado, refletindo perfeitamente o espírito inovador da empresa.
Além de centenas de publicações de decks de tarot, contemplando os mais variados temas e iconografias, temos em Kaplan um dedicado estudioso e pesquisador, com diversos livros publicados, principalmente e talvez o mais importante de todos, um dos mais extensos corpos de trabalho sobre as cartas, a Enciclopédia de Tarot, em quatro volumes, que descreve e ilustra mais de 1.000 decks de tarot diferentes, desde o século XV até o presente (e que permanece sendo atualizada..
A Enciclopédia do Tarot tornou-se a coleção mais influente de livros para história e pesquisa do tarot do mundo.
Mas para a história do Tarot Rider-Waite-Smith, há uma publicação fundamental, que graças ao empenho e determinação de Kaplan, podemos hoje conhecer a história em profundidade.
Pamela Smith e os devidos créditos
O baralho de Tarô Rider-Waite, ilustrado pela talentosa artista Pamela Colman Smith, certamente, se tornou o baralho de tarot mais icônico e reconhecido do mundo.
Cada carta do baralho é uma obra de arte rica em simbolismo e detalhes, o que contribuiu para sua popularidade duradoura entre os entusiastas do tarot.
O design único e a profundidade das ilustrações de Smith estabeleceram um padrão para os baralhos de tarot subsequentes.
Kaplan assumiu uma missão pessoal ao trazer reconhecimento e homenagem a Pamela Colman Smith, cujo trabalho não recebeu a aclamação merecida durante sua vida.
Ele dedicou anos pesquisando a vida e a obra de Smith, colecionando sua arte original e publicações raras.
Esse esforço culminou na criação de um livro intitulado ‘Pamela Colman Smith: The Untold Story’, que detalha a vida e a contribuição artística de Smith para o mundo do tarot e além.
Ao longo de sua pesquisa, Kaplan descobriu muitas singularidades fascinantes da vida de Pamela Colman Smith, incluindo suas influências artísticas e as dificuldades que enfrentou em sua carreira.
O livro não só celebra sua arte, mas também busca corrigir a falta de reconhecimento que ela enfrentou.
Através deste trabalho, Kaplan buscou inspirar uma nova geração de admiradores e garantir que o legado de Smith perdure por muitos anos.
Outras peculiaridades de Stuart Kaplan
Além de seu trabalho com os baralhos de tarot, Stuart era um ávido colecionador de livros raros, itens históricos e jogos de cartas vintage, especialmente o Authors Card Games.
Suas impressionantes coleções foram exibidas em grandes museus ao redor do mundo. Seu último grande projeto de pesquisa e escrita foi “The Game of Authors Compendium”.
Kaplan vendeu partes de sua própria coleção pessoal de artefatos raros de tarot na Christie’s em 2006, com algumas cartas individuais sendo vendidas por milhares de dólares.
A paixão de Stuart pelo trabalho nunca diminuiu e inspirava todos ao seu redor.
Stuart Kaplan faleceu aos 88 anos no dia 9 de fevereiro de 2021.
Mas seu legado, junto com Waite e Smith, certamente, perdurará pelos séculos….