Você já se perguntou por que o tarot funciona?
Por que o tarot funciona? Qual é o mecanismo que torna o Tarot (ou I Ching, Runas, Astrologia, etc.) tão perspicaz?
Existe alguma Força Sobrenatural onisciente que orienta as cartas a se alinharem de uma maneira particular que prevê eventos futuros?
É a capacidade do leitor de interpretar ou sua capacidade psíquica de canalizar a “Verdade do Céu”?
Essas são perguntas realmente muito interessantes.
De fato, os oráculos funcionam, isso é uma realidade.
Mas os mecanismos que tornam os oráculos precisos em suas respostas são difíceis de se saber com certeza.
Contudo, creio que há algumas coisas que poderíamos pensar sobre esse fenômeno misterioso que teriam um apelo mais aceitável para nossa mente racional e que poderiam demonstrar o valor de usar o Tarô, independente de se confirmar ou refutar as explicações anteriores.
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Como o tarot efetivamente funciona?
O que este artigo realmente trata é nossa maravilhosa faculdade de intuição e sua relação com nosso inconsciente.
Agora, por intuição, não quero dizer nada paranormal, embora realmente seja algo bastante misterioso.
Jung definiu a intuição como “percepção através do inconsciente”.
Tenho consultado o Tarô e o I Ching há muitos anos (desde 1992) e ainda hoje me surpreendo com a assertividade das cartas nas leituras e orientações das consultas de tarot.
A mente inconsciente desempenha um papel crucial no processo de usar as cartas do Tarô ou qualquer outra ferramenta de adivinhação.
Os símbolos e imagens nas cartas atuam como uma linguagem que “fala” à mente inconsciente, que é altamente simbólica e intuitiva por natureza.
Tipos intuitivos (segundo a terminologia Junguiana), que têm preferência por usar sua intuição e desenvolveram suas habilidades intuitivas, podem achar mais fácil se conectar com os símbolos e significados das cartas e interpretá-los no contexto da pergunta que está sendo feita.
Além da intuição, a leitura de Tarô também envolve a capacidade de interpretar e decodificar os símbolos e arquétipos presentes nas cartas (ou seja, não é apenas a intuição que é utilizada na leitura do tarot, é preciso também muito estudo sobre simbolismo, sobretudo, conhecimento profundo sobre o período medieval e todas as suas realizações).
O Tarô é composto por uma rica simbologia, com cada carta representando diferentes conceitos, emoções e situações.
O inconsciente é especialmente hábil em compreender e trabalhar com símbolos, uma vez que é a linguagem primária da mente humana.
Ao jogar as cartas do tarot e observar sua disposição, o tarólogo pode interpretar os padrões, conexões e associações que surgem, utilizando sua intuição e conhecimento simbólico para dar sentido às mensagens que as cartas estão transmitindo.
Essa habilidade de interpretação é sempre desenvolvida por meio de muita prática e experiência.
Outro aspecto importante na leitura de Tarô é a formulação de perguntas claras e significativas.
As perguntas diretas e bem formuladas podem ajudar a direcionar a intuição e a interpretação das cartas de forma mais precisa.
O inconsciente pode ser sutil e muitas vezes responde às nuances da pergunta que é feita, em vez de fornecer uma resposta direta e literal. Portanto, a formulação cuidadosa das perguntas pode ser fundamental para obter insights profundos e significativos durante a leitura do Tarô.
Tarot Confiável ou Tarólogo Confiável?
A utilização das cartas do Tarô envolve não somente a interpretação dos símbolos e significados individuais das cartas, mas também a habilidade de estabelecer conexões e associações entre diferentes cartas e relacioná-las à situação do consulente.
É nesse ponto que a intuição desempenha um papel fundamental, visto que a mente inconsciente pode estabelecer conexões e associações que nem sempre são imediatamente evidentes para a mente consciente. Isso pode levar a percepções, orientações e a uma compreensão mais profunda da situação em questão.
É importante destacar que a interpretação das cartas do Tarô, assim como de qualquer outro instrumento de adivinhação, não depende unicamente da habilidade psíquica do leitor ou da canalização de forças sobrenaturais.
Embora alguns leitores possam alegar possuir habilidades psíquicas, o processo de uso das cartas do Tarô é principalmente de natureza psicológica, envolvendo a interação entre a mente consciente e inconsciente, a intuição do leitor e a habilidade de interpretar símbolos e estabelecer conexões.
É uma combinação única de intuição, simbolismo e psicologia, que fornecerá percepções e orientações ao consulente, mas, em última análise, caberá a cada indivíduo interpretar as mensagens e aplicá-las de forma adequada em sua própria vida.
Tarot, inconsciente e sincronicidade
Há ainda, a dimensão pessoal e coletiva do inconsciente, o ‘inconsciente coletivo’, onde os símbolos do Tarô são reflexos dessas experiências humanas universais e de onde recebem seu grande poder.
Uma forte sensação de admiração é quase sempre evocada pelo contato com o inconsciente coletivo por meio das “imagens arquetípicas” do tarot.
Essa experiência foi chamada por Jung de experiência ‘Numinosa’, experiências onde o individuo se sente conectado com algo maior do que ele mesmo e com um tempo que transcende o aqui e agora.
É geralmente o que se sente após realizar uma consulta de tarot com um tarólogo confiável.
Um último ponto que destaco neste artigo está relacionado ao que Jung chamou de ‘Sincronicidade’.
Uma das citações favoritas de Jung em sua introdução à tradução de Richard Wilhelm do I Ching é: “… sincronicidade considera que a coincidência de eventos no espaço e no tempo tem um significado além do mero acaso, ou seja, uma peculiar interdependência dos eventos objetivos entre si, bem como com os estados subjetivos (psíquicos) do(s) observador(es).
Respostas do tarot…
É importante notar que a leitura de Tarô não é uma forma infalível de prever o futuro ou obter respostas definitivas.
É mais um meio de obter elementos e informações para reflexões, que ajudam na compreensão das situações presentes e possíveis caminhos futuros.
Desse modo, as cartas do Tarô são uma ferramenta poderosa para acessar o inconsciente e a intuição, muitas vezes fornecendo uma nova perspectiva sobre questões pessoais, emocionais, profissionais e espirituais.
O mecanismo que torna o Tarô (ou outras ferramentas de adivinhação) perspicaz não parece ser realmente uma força sobrenatural ou uma capacidade psíquica de “canalizar as respostas”.
Ao invés disso, envolve a interação complexa entre a intuição, interpretação simbólica, formulação das perguntas corretas e a habilidade de acessar o inconsciente para obter as respostas e orientações.
É uma combinação de muito estudo, habilidades, experiência e prática que pode levar a resultados significativos e reveladores nas leituras de Tarô.
Resumindo, acho que podemos até ficar sem a resposta definitiva se existem poderes psíquicos, forças sobrenaturais, etc. que interfiram na consulta de tarot.
O que basta é ver que significados relevantes podem ser encontrados pelo nosso inconsciente nos símbolos do Tarô e outros oráculos; e que experiências numinosas realmente têm o poder de influenciar nossas vidas, nos orientar, acalmar e, até mesmo, prever prováveis acontecimentos…
Desde 1996 atuando a partir da sabedoria ancestral e do misticismo da cultura cigana, em uma proposta de trabalho que visa promover o equilíbrio e o autoconhecimento dos consulentes, através da cartomancia tradicional, do tarot e do baralho cigano.